segunda-feira, 6 de junho de 2016

Um Bacanal Só

A gente nasce e com 5, 15, 20, 30 ou 60 anos de idade descobre o verdadeiro talento. Se tivermos sorte o talento se une à vocação e voilá: faz-se uma carreira realizadora. Mas no meio do caminho um turbilhão de bifurcações, opções, interesses, deslumbramentos, raivas, loucuras e momentos de total descrença pessoal acontecem.
Ao menos essa é minha história – só falta chegar na parte da carreira realizadora.

No meu amor pela natureza e pela vida (leia-se seres vivos que não sejam humanos) passei pela Veterinária e Biologia. Amarei os dois até morrer, mas não vinguei em nenhum. Namorei a História, flertei com a Filosofia, considerei a Letras, quase casei com o paisagismo, apaixonei loucamente com a Fotografia e parei na Escrita. Haja coração!
Ah, a escrita... e a leitura... e as palavras... e essa língua portuguesa de descabelar qualquer um com as novas regras.... Uma piscadinha charmosa de novo pra Letras e de repente estou num curso de Gestão de Negócios?!

Oi? Louca! De letras para finanças. Pois é, a triste realidade. Até para os sonhos é preciso planejar e, para o futuro, é preciso o agora. E o agora ficou para eles: Números e cálculos, os únicos que nunca olharam duas vezes para mim - um desprezo recíproco.
O bom disso tudo: muitos anos de vida pela frente para trocar umas carícias com a Geografia nas viagens porque ainda existem muitos mares por aí que eu quero nadar.
Só não pode afogar.


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